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sete dias

Eu já havia viajado algumas vezes. As vezes pra perto as vezes pra longe, mas sempre com a data de volta marcada, logo ali. Dessa vez foi na bagagem também o peso de talvez estar deixando as coisas para trás. É diferente, acho que só sabe quem já passou por isso.

Nós saimos de Fortaleza, passamos por uma escala em São Luís, uma conexão em Manaus (onde quase perderam nossa bagagem), Atlanta (onde é feita a imigração) e finalmente Washington DC depois de quase 20 horas de viagem. A espera é ligeiramente aliviada pelo conforto oferecido numa vôo internacional, poltronas um pouco maiores, telas individuais com música, filmes, tv, seriados e todas as coisas novas que você vai vendo.

O lugar onde eu moro é uma miniatura do mundo. Há pessoas de todo o mundo. Todos tem sido extremamente receptivos e simpáticos comigo. É uma casa muito grande e bonita. Nos períodos que estou em casa geralmente estamos tocando violão, ou jogando Beatles Rock Band, cozinhando ou conversando, sempre em Inglês.

Já no meu dia-a-dia eu tenho que entender espanhol o dia inteiro e vou tentando aprender como posso. Por ser uma instituição Inter-Americana uma das características é que há pessoas da América do Norte, Central e Sul. As vezes as conversas aqui fluem até numa espécie de mistura de português, espanhol e inglês.  Apesar dessa dificuldade inicial tudo a adaptação é muito suavizada por estar em um ambiente de hábitos latinos. A comida por exemplo. Há uma ótima, enorme e rica cafeteria com refeições dos mais variados tipos e geralmente com um sabor familiar. Outro dia eu comi feijoada. 😛 Nos outros latinos no trabalho também é familiar o jeito de falar, gesticular e as brincadeiras.

As minhas preocupações anteriores em como seria minha alimentação aqui se mostraram desnecessárias (pelo menos por enquanto). Embora haja uma grande quantidade de fast-foods e porcarias por todos os lados, há inúmeras soluções saudáveis e muito práticas. Na t (algo como uma mercearia) em que eu compro minha comida perto de casa há muita oferta de frutas, verduras e comida saudável e também fácil de fazer. Algumas é só colocar no microondas e pronto. Até agora eu tenho levado uma alimentação mais saudável do que a que eu tinha no Brasil. O curioso é que outro dia eu fui no McDonalds, mais por turismo do que por necessidade, e pude reparar como aqui ele é diferente. Pra encurtar a história o McDonalds daqui é muito frequentado por mendigos (!) por ser uma comida barata e com porções enormes.

Também fui a algumas festas e conheci algumas áreas mais boêmias da cidade e gente de todos os lugares do mundo. Com certeza não faltam ótimas opções para todos os gostos e se num estado etílico mais moderado sempre se pode voltar pra casa de metrô. Sempre atento é claro aos horários que ele fecha. Há também uma infinidade de museus, mas como está no fim do verão (férias) está tudo muito lotado e com filas enormes então eu vou deixar pra ir depois, talvez fazer uma lista dos lugares que eu quero ir.

Eu não trouxe meu notebook pra cá então só tenho acessado Internet do trabalho ou usando o N800 em casa. Comprei um celular bem simples mas que está facilitando muito a minha vida. Pago 25 dólares por mês por 300 minutos de ligações, mensagens/internet ilimitadas, ligações a 2 centavos por minuto pro Brasil (apesar de que uso o Skype todo dia pra ligar pra casa) e não tem nenhum contrato (a maioria aqui tem contratos de 2 anos). A grande vantagem dele é que eu uso o Google Maps pra ele que me diz onde eu estou e como chegar em qualquer lugar, tem sido indispensável. Estou vendo um laptop pra eu poder jogar e poder voltar a escrever com mais frequência.

já havia viajojá havia viajo
Published inportuguês

9 Comments

  1. Legal que está gostando. Pelo jeito vai se adaptar muito rápido!
    Morar fora é sempre uma experiência bacana.
    Boa sorte e sucesso! 🙂

  2. André Silva André Silva

    Boa sorte Silveira,

    Tome cuidado com a comida mesmo. Ai o bixo pega 🙂

  3. Rafael Vieira Rafael Vieira

    c00l 🙂 eles ainda vendem supersize disfarçado no MC? pensei que tinha sumido.

  4. Nossa, mendigos no MC? E aqui o pessoal tem que gastar uma nota preta para comer coisas assim XD.

  5. A segunda foto não está aparecendo.

    Nossa, mendigos no MC?(2)
    Realmente, isso mostra o quanto os brasileiros dão valor a coisas que nos EUA já não passa de coisas já desvalorizadas há muito tempo. Pena que não é apenas com McDonalds que isso deve acontecer.

    A telefonia no Brasil é uma das mais caras no mundo.
    SMSs e Internet de graça, oh god, sonho que tá longe de acontecer na maioria das operadoras. A mais próxima de fazer isso está sendo a Vivo que com 25 reais vc pode acessar GMail, Myspace, Facebook, hotmail e orkut, além de sms ilimitado para outro vivo que use tb essa promoção.

    Deve estar sendo uma aventura e tanto nos EUA 🙂 Deve ser legal.

  6. Patola Patola

    Não esquece o Brasil não. Em especial a língua:

    s/já havia viajo/já havia viajado/
    s/logo alí/logo ali/
    s/de talvez esta deixando/de talvez estar deixando/
    s/ligeiramente aliviado/ligeiramente aliviada/
    s/poltronas um pouco maior/poltronas um pouco maiores/
    s/seriados, e todas/seriados e todas/
    s/Há pessoas de todo mundo/Há pessoas de todo o mundo/
    s/fluem numa até/fluem até/
    s/pra cada de metro/pra casa de metrô/

  7. Nossa, que legal. Eu também tô pra fazer uma viagem assim, dois meses no Reino Unido. Até queria agradecer as digas de passaporte que você postou uma vez, me ajudaram muito.

    Aproveite bem esse tempo aí nos States. Todos que conheço que já moraram fora do país dizem que é uma experiência única, não deixe de tirar o máximo possível dela. E não se esqueça de compartilhá-la no blog =]

  8. @Patola valeu, corrigi. Ou foi o cansaço ou a confusão de ficar escutando espanhol o dia todo. 🙂

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