Este é o meu quarto resumo da disciplina de Novas Tecnologias em Educação a Distância (NTEaAD) do curso de Computação, cobrindo os dois textos (citados na bibliografia) e o chat que fizemos para discutir esses assuntos.
O primeiro tema discutido no primeiro texto é a inegável desvalorização do professor no Brasil que se reflete na desvalorização da formação docente. Essa desvalorização não é um evento isolado mas um reflexo da desvalorização como um todo da educação no Brasil.
O texto faz uma reflexão das lutas em defesa da formação dos professores nas últimas décadas fazendo uma paralelo com o momento socio-econômico vivido. Basicamente o que se observa ao longo das décadas no Brasil é um direcionamento da formação docente para a produtividade, resolver problemas práticos sem avaliar as condições históricas e sociais que explicam o problema.
Outro ponto muito interessante é a referencia a LDB (Lei nº 9.394/96) que, em seu artigo 87, parágrafo 4º, estabelece que até o termino da década da educação somente serão adimitidos professores habilitados em nÃvel superior ou formado por treinamento em serviço. Isso provocou uma corrida de professores da educação infantil, fundamental e médio em busca de diplomas. Claro que isso foi feita de maneira apressada e precária.
É feita uma avaliação uma do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) que tenta prover a jovens recém-saÃdos do ensino médio uma educação superior não presencial. São feitas duras crÃticas ao programa no que diz respeito ao alcance dos objetivos propostos. Mais uma vez a educação a distância é colocada como solução mágica para os problemas de educação no Brasil sendo implementada de maneira apresada e sem primor pela qualidade.
Eu particularmente me sinto muito atraÃdo pelo caminho da docência. Durante toda minha formação eu tive bons e inspiradores exemplos (claro que eu tive também o oposto, mas eles foram igualmente inspiradores, me inspiraram sobre o que eu não queria ser). Muito me atrai a possibilidade de poder mexer com as pessoas e com suas atitudes, de poder transformar o mundo através das pessoas e através do belo caminho da educação. Porém, como foi discutido no chat, o professor no Brasil é muitÃssimo desvalorizado. Para ser um professor universitário por exemplo é necessário praticamente que abidicar de uma carreira profissional ou de construir uma famÃlia para poder seguir a carreira acadêmica recebendo (quando possÃvel) bolsas de mestrado/doutorado de valores muito baixos. Além disso há poucas garantias e muitos riscos. Tudo isso leva cada vez mais os jovens abandonarem o caminho da docencia.
Quando ao texto da Vani Kenski, quanto a discussão do livro didático de papel e do livro digital, eu continuo batendo na mesma tecla, da importância das licensas livres para licenciamento dos trabalhos. Livros no Brasil são extremamente caros e mesmo quando você tem o dinheiro para comprar o livro é difÃcil achar o livro desejado (mesmo estando numa capital como Fortaleza).
Nessa disciplina por exemplo, apesar de ter sido realizada praticamente toda a distância, foi necessário ir até a faculdade de educação para procurar os textos nas fotocopiadoras. É um aspecto contraditório. Teria sido muito interessante se os textos estivessem disponÃveis em formato digital e isso seria muito mais fácil se os próprios autores disponibilizassem seus artigos e trabalhos cientÃficos sobre licenças livres como Creative Commons em seus próprios sites e blogs ou em portais especializados.
Bibliografia:
- “Formação docente e educação a distância no Brasil: democratização ou mercantilização?” de Céres Maria Ramires Torres e Tânia Maria Batista de Lima.
- “Ação docente e o livro didático no ambiente digital” de Vani Kenski.
Essa questão do docente e sua formação continuada também é pra mim de muito interesse…
Estou fazendo um curso de tutoria on-lie e só agora percebo a impoetância dessa formação para o professor a distância!!!
Abraços!!!